Patiño, Carlos

A formação de Carlos Patiño foi realizada na Catedral de Sevilha, onde chegaria a maestro de canto de órgão (1623). Em Madrid foi sucessivamente mestre de capela no Mosteiro da Encarnação (1628) e mestre da Capela Real (1 de Janeiro 1634), onde sucedeu a Mateo Romero. Em 1660 pediu reforma por doença, mas foi-lhe recusada, sendo contratados um assistente e um substituto. Um dos principais músicos espanhóis do século XVII, contribuiu decisivamente para o desenvolvimento do estilo barroco espanhol. A maioria das suas obras religiosas em latim é policoral (2 e 3 coros), como é o caso do raro Libera me a 8 conservado no Paço Ducal em Vila Viçosa (P-VV, A.M. B.009-03). Os arquivos com os dois principais fundos de obras de Carlos Patiño foram destruídos durante o século XVIII: o palácio Real Alcázar em Madrid sofreu um incêndio em 1734, e a Livraria de Musica d'El-Rei D. João IV desapareceu em consequência do terramoto de 1 de Novembro 1755.