Obra composta «Por ordem de S. A. R. o Principe R. N. S.» por ocasião do nascimento de D. Miguel, a 26 de
Outubro de 1802, e cantada no seu baptizado (Paço de Queluz, 14 de Novembro de 1802).
A Versão 2 (para vozes e órgão) foi realizada pelo compositor a partir da versão original para vozes e orquestra.
É a mais internacional obra religiosa de Marcos Portugal, com uma disseminação excepcional. Foi cantada e tocada total ou parcialmente no Brasil, Espanha, França, Inglaterra e talvez Estados Unidos da América, tornando-se obra paradigmática em Portugal, e mantendo-se em repertório durante mais de um século.
Foi uma das raras obras de MP que mereceu o interesse dos editores ainda que apenas parcialmente e em
versão bastante livre; a partir da edição londrina de Vincent Novello o Te ergo quæsumus chegou a ser editado por duas vezes em França: nos anos 1830 e em 1857, esta última um contrafactum da responsabilidade de Pierre-Louis-Philippe Dietsch.
Na Capela Imperial (Real ?) do Rio de Janeiro era conhecido como o Te Deum dos Baptisados.
A Versão 5 – uma orquestração realizada a partir da Versão 2 – terá possivelmente sido concebida para o casamento do Monarca espanhol D. Fernando VII que, em 1816, desposou a infanta portuguesa, D. Maria Isabel, aluna de MP. Este Te Deum terá também sido cantado no baptizado de D. Maria da Glória (futura Rainha D. Maria II), nascida a 4 de Abril de 1819 no Rio de Janeiro, (o baptizado realizou-se a 3 de Maio do mesmo ano na Capela Real).